por: Roberto M.
Rosa, a rainha das flores. É tida como a “flor dos poetas e dos amantes”. Cativa pelo perfume e pela diversidade de formatos e cores. É a planta ornamental mais cultivada no mundo.
Provavelmente, nenhuma outra planta tem uma história tão empolgante e emocionante quanto a rosa. Os vestígios mais antigos nos levam há uns 25 milhões de anos, durante a Era Terciária, muito tempo antes de surgir o primeiro autêntico ancestral do homem.
O que comprova a existência da rosa naquela época são os fósseis descobertos em vários países dos três continentes: Japão e China na Ásia; Bulgária, França, Alemanha e Áustria na Europa; Alasca, Califórnia e Colorado na América.
Mas não é só isso. Há tempos que se sabe ter a rosa exercido importante papel na cultura e vida dos antigos povos da Ásia e Oriente Médio. Algum tempo atrás, por exemplo, foi encontrado por arqueólogos entre os rios Tigre e Eufrates, nas escavações de Ur (antiga cidade da Mesopotâmia onde foram descobertos os túmulos dos sumerianos, antecessores dos babilônios) inscrições dando conta que o rei Sargão teria trazido “do além Tauros mudas de rosas, videiras e figueiras”. Note-se que o rei Sargão viveu de 2684 a 2630 aC, ou seja, há quase 5000 anos atrás.
Sabe-se também que, cerca de mil anos antes de Cristo, a rosa foi levada da Ásia para a Grécia. Homero, na sua famosa Ilíada, ao descrever as lutas pela conquista de Tróia, escreveu que o escudo do rei Aquiles era ornado com rosas.
Assim também, um pouco mais tarde, Confúcio deixou registrado que na biblioteca do Imperador da China existiam cerca de 600 livros sobre rosas, e que os nobres chineses gostavam muito do óleo produzido a partir das pétalas dessa nobre flor.
Aliás, essa mania de dizer que “a rosa é a rainha das flores” não é coisa nova. Safo, uma poetisa grega que viveu 600 anos antes de Cristo, fez a primeira referência a isso.
Foi também antes de Cristo que as rosas foram levadas da Grécia para Roma. Foi aí que foram aperfeiçoados os métodos de cultivo, inclusive a técnica dos enxertos. Sabe-se que na capital do antigo Império Romano, as rosas já eram cultivadas em estufas, para que as classes dominantes tivessem enfeitadas suas casas durante o ano inteiro. A partir de Roma, a rosa espalhou-se por toda a Europa.
No Brasil, sabe-se que essas flores foram introduzidas pelos jesuítas, provavelmente entre os anos de 1560 e 1570.
Bibliografia: Revista Sítios e Jardins – Rosas Especial 4 – Editora Europa
Nenhum comentário:
Postar um comentário