sexta-feira, 29 de maio de 2015

Açucena

Açucena, flor fugaz e exuberante.
A Açucena também é conhecida por Amarílis ou Flor-da-imperatriz. Há muitas espécies de Açucena, em torno de 50 tipos diferentes. Podem ser cultivadas dentro de casa, desde que tenha muita luz. Geralmente elas são cultivadas em vasos, mas também podem ser plantadas em canteiros.

Comentam que as açucenas representam tristeza e angústia pela falta do ser amado. Porém isso não condiz com sua aparência. São flores lindas, bem desenvolvidas. majestosas, cheias de brilho. Combinam muito mais com felicidade, alegria, alto astral.

Nome científico em latim é Hypperastrum hybridum Hort. Tem como sinônimo o nomeAmaryllis vittata L’Herit.

A mitologia grega parece ter captado a essência da flor com mais propriedade, pois lá se diz que a açucena representa altivez, elegância, graça, estando intimamente ligada ao orgulhoso deus Apolo. 
Algumas espécies desaparecem no inverno, nesse momento é preciso deixá-la descansar. Isso mesmo, as Açucenas precisam de repouso para voltarem radiantes no próximo período de floração.

Deve-se retirar seus bulbos da terra e guardá-los em local fresco e escuro. Mas não é obrigatório retirar da terra, basta deixar enterrada em local fresco, sem regar. Dessa maneira a planta faz suas reservas de energia para ressurgir poderosa.

Algumas Açucenas florescem no início da primavera e depois adormece durante o verão. Ela só floresce uma vez ao ano. O que é uma grande pena, pois é tão linda... Talvez o seu domínio sobre as emoções se deva ao fato de ser tão fugaz. 

As açucenas têm um crescimento lento e precisam de muita luminosidade, porém o sol em excesso as prejudica; é por isso que vão tão bem nos interiores.
Dizem que é possível forçar os bulbos (parecidos com cebolas) a florescerem fora da primavera. .

Bulbos refrigerados retardam o florescimento, que passa para o verão.

Dão-se bem em qualquer parte do território brasileiro e em todos os meses do ano.

Açucenas são sensíveis ao frio, preferem temperaturas por volta de 20º C.

Os solos para plantio (tanto em vasos quanto em canteiros) devem ser bem drenados, arenosos e ricos em matéria orgânica, Aí se coloca os pequenos bulbos separados do bulbo maior (chamado de “bulbo mãe”) e começa-se a regá-los com freqüência semanal. Depois que a folhas surgirem as regas devem ser intensificadas (2 a 3 vezes por semana).

O adubo preferencial é rico em Ferro e Magnésio.

Aconselha-se transplantar os bulbos para vasos diferentes a cada quatro anos, com substrato novo.

As pragas mais comuns que costumam atacar as Açucenas são ácaros, cochonilhas, caracóis e brocas.

Bibliografia: 1) Lorenzi & Moreira de Souza - Plantas Ornamentais no Brasil – 2ª edição – Instituto Plantarum, 1999.  2) Blog Algarve-Saiba Mais 
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A GOTINHA DE ORVALHO E A FORMIGUINHA
A gotinha de orvalho era linda e brilhava como se fosse uma estrela do céu. A madrugada a trouxera com carinho, deixando-a cair no miolo de uma flor.
A flor, uma branca açucena, se perfumara para recebê-la e a guardara com cuidado, receosa de vê-la fugir.
"Quando a primavera chegar, pensava, quando todas as flores se abrirem, vou enfeitar-me com essa linda gotinha de orvalho e o próprio sol virá admirá-la. E ela brilhará como um grande diamante!"
Todos os insetos da floresta vieram espiar a pequenina gota de orvalho.
– Tão bonita!...diziam uns.

– Maravilhosa! Afirmavam outros.
Até um velho sapo que não falava com ninguém e vivia encorujado a coaxar à beira da lagoa, chegou alvoroçado perguntando:
Aonde está a linda gotinha de orvalho? Aonde está?
A açucena abrira a pétala perfumada e o sapo pode ver quanto brilhava a pequenina gotinha de orvalho que lá se escondera.
Voltava maravilhado, a repetir, sem descanso:
– Tão linda! Tão linda! Tão linda!...
A açucena já se dispunha a esconder a gotinha de orvalho para que ninguém mais a aborrecesse, quando ouviu um grande falatório. Espiou, curiosa, e viu uma porção de bichinhos tentando reanimar a formiga.
– O que aconteceu? O que foi?
– A pobrezinha desmaiou! Explicou o grilo.
A açucena de desprendeu da folhagem e se inclinou para enxergar melhor.
– A pobrezinha é capaz de morrer – afirmou o gafanhoto. Por que vocês não fazem alguma coisa? Perguntou.
– Já chamamos o doutor! Disse a Joaninha. Ele deve chegar a qualquer instante!
– Ela deve estar fazendo falta aos seus filhinhos! Eles estão todos esperando pela mãe! Exclamou o vaga-lume, olhando a formiguinha doente que continuava estendida no chão, sem dar um sinal de vida.
– É – disse, suspirando, uma borboleta que por ali passava – já que eu vôo rápido, vou ver como estão seus filhinhos.
Foi nesse instante que chegou o dr. Gafanhoto. Veio de fraque verde e cartola, numa pose que só vendo!...
– Onde está a formiguinha doente? Perguntou, franzindo a sobrancelha. Examinou a formiguinha estendida no chão e ficou mais preocupado quando olhou para seu rostinho.
– Arranjem-me um pouco d’água!
Todos se olharam. Onde arranjariam água se não chovia há três dias.
– Vamos – disse o gafanhoto – arranjem um pouco de água se não querem ver esta pobrezinha morrer.
A Açucena estremeceu, lembrando da gota de orvalho e voltou a se esconder na folhagem. Não, aquela gotinha que brilhava como diamante iria enfeita-la quando surgisse a primavera. Seria como uma estrela a brilhar, uma coroa dourada! Mas... o que seria das pobres formiguinhas sem sua mãe?
Ela acariciou mais uma vez a gota de orvalho e, inclinando-se, deixou-a deslizar sobre as pétalas perfumadas, para depois cair, como lágrima, sobre a formiga que estava desmaiada.
Então, que maravilha! Ela se reanimou e pode caminhar e estender os braços para as filhinhas 

Texto extraído do livro: Conte Mais, Histórias Educativas

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